Por Marco Antônio Martins e Nicolás Satriano, G1 Rio


Delegado Marcos Vinicius (primeiro à esquerda) toma posse como chefe da Polícia Civil do Rio — Foto: Nicolás Satriano/G1

O delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga tomou posse nesta quinta-feira (3) como secretário de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro. O evento ocorreu na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte da cidade.

Marcus Vinícius entrou na Polícia Civil em 2002 como inspetor de polícia. Em 2003, tomou posse como delegado e atuou nas delegacias de Santa Cruz e de Bonsucesso. No mesmo ano foi designado delegado-assistente da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

Antes de ser nomeado secretário pelo governador Wilson Witzel, o delegado atuou como diretor de Polícia Especializada (DGPE).

Marcus Vinícius chefiou diversas delegacias especializadas, como a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), em 2007, a Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) de 2008 a 2010, a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), em 2011 e a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), em 2014.

Ele também atuou em unidades distritais. Foi titular da 20ª DP (Vila Isabel) e, antes, na 16ª DP (Barra da Tijuca), no período de março 2015 a maio de 2017.

Marcus Vinícius também foi delegado de Polícia Civil do Estado do Paraná antes de entrar para a Polícia Civil do Rio.

Já como secretário de Polícia Civil, Braga afirmou que trabalhará "24 horas" e todos os dias, e ressaltou que nada na corporação é fácil.

"Não estamos aqui para fazer o fácil. Na Polícia Civil nada é fácil. Existimos para fazer o que tiver que ser feito. Tudo para o bem da sociedade."

Braga também explicou que alguns delegados serão mantidos em seus cargos, inclusive Giniton Lages, que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, como tinha antecipado Witzel.

"Nesse Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa, cujo titular é o [delegado] Antônio Ricardo, segunda-feira teremos uma reunião... Já tive, eu, ele [Antônio Ricardo] e o Giniton [titular da Delegacia de Homicídios]. Já tive uma reunião eu, ele e com o secretário [Fábio] Barucke. Eu entendi a investigação. Ela é muito profissional. O que eu posso adiantar é que o delegado Giniton não será trocado porque a investigação tem elementos técnicos que nós não vamos dispensar."

Durante a transmissão de cargo, o governador Wilson Witzel afirmou que a criminalidade está "sambando na nossa cara" e que "precisamos ter o nosso Guantánamo" - fazendo referência à prisão americana em Cuba onde eram mantidos sem julgamento suspeitos de terrorismo.

Witzel assina a posse do secretário Marcus Vinícius Braga como Secretário de Polícia Civil — Foto: Nicolás Satriano/G1

Ex-chefe faz elogios e promete resolução do caso Marielle

De saída, o agora ex-chefe de Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, elogiou o discurso que o governador Wilson Witzel fez durante a cerimônia de transmissão de posse, na quarta-feira (2).

Rivaldo fez referência a trecho que chamou de política pública para resgatar a dignidade dos agentes de segurança.

"Considero um avanço e acredito que trará muitos resultados", disse.

O ex-chefe de Polícia também agradeceu à intervenção federal no RJ, citando os generais Braga Netto e Richard Nunes, interventor federal na área de Segurança e secretário de Segurança Pública, respectivamente.

Sobre o período, Barbosa disse que que a Polícia Civil foi tratada "com respeito e dignidade".

Barbosa também se referiu a casos emblemáticos do Rio, inclusive ao assassinato do motorista Anderson Gomes e da vereadora Marielle Franco.

"O caso do motorista Anderson e da vereadora Marielle também será solucionado. A investigação policial falará por si só", garantiu Barbosa.

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